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Vinho para festejar - como escolher, degustar e conservar.

quarta-feira, novembro 17, 2010

Oi pessoal, tudo legal? Não sou chegada em bebida alcóolica, mas pra quem gosta, pode ser legal ver essas dicas.


Ideal para ocasiões especiais, beber vinho é um prazer que você pode tornar ainda maior aprendendo como escolher, degustar e conservar. 


A cena: um jantar chiquérrimo, mesa e serviço impecáveis, cardápio dos deuses, gente bonita e elegante. Que bebida você imaginaria para completar este cenário? Vinho é claro, champagne, branco, seco, tinto, encorpado...Não pense que esta é uma conversa para especialistas. Você pode aprender a escolher, beber, apreciar e distinguir um bom vinho. Como quase tudo na vida, é uma questão de hábito, um aprendizado que você vai fazer por etapas. Talvez, no princípio, você só aprecie os vinhos mais doces - mas gosto "se aprende". E depois do aprendizado não se discute. Você poderá continuar preferindo os doces, mas saberá apreciar os outros tipos.

O caminho das pedras 
Como se aprende a tomar vinho? Bebendo. Na Europa, por exemplo, o vinho é um hábito alimentar e as crianças desde pequenas costumam bebê-lo nas refeiçôes. Como esse não é o caso do Brasil,imagine que você vai educar seu paladar seguindo uma escala.

Passe dos brancos, doces e leves para um vinho branco também doce mas mais encorpado, como o excepcional  Sauternes. Nas etapa seguinte, experimente os secos leves como um Fracscati, perfeito para ser degustado no verão.

Ainda nos brancos passe para os secos mais encorpados como Chardonay, Vencida essa, aventure-se pelos tintos. Primeiro os leves, valpolicella ou chianti. Depois os encorpados, como os Bordeux ou Barolo

 Mas seja qual for o vinho, lembre-se  de que esta não é uma bebida para ser engolida. "Vinho é uma bebida que faz pensar", diz Jorge Lucki, expert no assunto. Deixe por alguns instantes o liquido na boca e pense em tudo que você está sentindo.

 É o princípio da degustação - uma arte que parece envolta em mistério e restrita aos iniciados, mas não é "degustar", aconselha Lucki "é desmembrar uma sensação complexa em várias sensações complementares.
 Trocando em miúdos: ao tomar um gole de vinho você tem várias sensações na boca: a acidez ou o adocicado, o corpo  (peso) do líquido o teor allcóolico, a textura do tanino no caso dos tintos, as borbulhas de gás carbônico nos espumantes.
Pense em cada uma destas características e perceba se, no conjunto elas se compôem de forma equilibrada, sem nenhuma se destacar demais das outras."  "Sentiu isto"? Pode brindar: você está tomando um bom vinho! Terminada a fase de aprendizado, você já sabe o tipo de vinho que prefere.

 Procure então memorizar os nomes de produtores indicados nos rótulos de cada garrafa. Isso vai ajudá-la na hora de comprar ou de pedir num restaurante. Um mesmo tipo de vinho (Bordeaux, por exemplo) pode ser melhor ou pior, dependendo do produtor.

 E isso você só sabe provando ou seguindo a indicação de alguém de confiança. Ciro Lilla, da importadora Mistral, recomenda que você converse bastante com a pessoa responsável pela seção de vinhos de lojas ou supermercados. No restaurante, um bom sommellier saberá explicar sobre os vinhos da carta. E se este for um bom profissional, saberá ser didático sem exageros.

Compras bem feitas
Apesar de ser um hábito recente no Brasil, a oferta de vinhos já cresceu bastante. Isso é ótimo, pois torna a bebida mais acessível, embora dificulte a escolha. Além de procurar conhecer os produtores, há alguns cuidados a serem observados.

Ao comprar vinho branco
Levante a garrafa contra a luz e observe a cor - deve ser clara e translúcida. Apesar de muitos "brancos" terem um tom natural (amarelado, verde), ele não pode ser muito intenso, como verde-escuro ou quase castanho. Isso indica que o vinho está velho demais e já passou do ponto.

 A cor do vinho tinto
Só pode ser observada na taça. Mas é possível checar o estado de conservação da garrafa. Observe o nível de líquido de vários exemplares . Na origem, eles são engarrafados rigorosamente no mesmo nível. Se houver diferença, escolha a garrafa que estiver com o nível mais alto - se por acaso algum estiver mais baixo, significa que houve evaporação.

  Veja se há marcas de bebidas no exterior da garrafa
 Isso indica que houve vazamento durante o transporte

Verifique o estado da rolha:
Se estiver saltada, o vinho pode ter sido submetido a uma temperatura mais alta do que a indicada para sua boa conservação.

Compre só uma garrafa e experimente
Por mais tentadora que seja a oferta, nunca compre de cara una caixa fechada de vinho que você não conhece. Se for realmente bom, aí sim, você pode comprar "no atacado".

Bem guardado


Procure o lugar mais escuro e fresco
da casa para guardar seus vinhos, já que pouca gente pode se dar ao luxo de ter uma adega climatizada.

Garrafas deitadas, 
isso sim é fundamental. Dessa maneira, o líquido fica sempre em contato com a rolha, evitando o ressecamento que provoca rachaduras na cortiça e deixa entrar o oxigênio que oxida (deteriora) o vinho.

O tempo que o vinho pode ser guardado
varia muito e é difícil generalizar. Em geral, poucos brancos envelhecem com dignidade, podendo ser guardados por três a quatro anos, no máximo. Mas alguns devem ser consumidos imediatamente, como o vinho verde, o Frascati e o Verdicchio.

Certos tipos de tinto
também precisam ser tomados logo, como os Beaujolais, Lambrusco, Dolcetto. Os Chiati ou Valpolicella duram, em média cinco anos. Bordeaux, Bourgogne, Barolo e châteauneuf-du-pape duram cerca de sete, oito anos.

Depois de aberta a garrafa. 
Você tem três opções . A primeira, e melhor, é bebê-la toda. A segunda, mais arriscada é esperar que ele aguente até o dia seguinte - alguns vinhos mais encorpados podem resistir, mas não há nenhuma garantia. A terceira é adquirir um produto chamado Vácuo Van. É uma rolha com uma válvula que, ao ser introduzida na garrafa, retira todo o ar, cria um vácuo e não deixa o oxigênio entrar. O produto pode ser encontrados nas lojas de bebidas,importadoras e alguns supermercados, e o preço é bastante acessível.

O prazer de beber 
Tome vinho quando quiser,
Com moderação é claro. No almoço, no jantar, numa grande festa ou num encontro a dois. Parece estranho tomar vinho pela manhã? Então imagine um brunch ou um café da manhã romântico regado a champagne. Tentador não é?

A temperatura certa
é importante para realçar as qualidades ( e encobrir os defeitos) do vinho (brancos e espumantes são servidos gelados para evidenciar seu frescor. Mas você não deve gelar as garrafas na geladeira (no freezer, nem pensar!), use um balde apropriado com água e gelo em proporções iguais. Em 15 minutos, o vinho branco atingirá a temperatura certa; em 20, o champagne estará no ponto. O tinto é servido numa temperatura entre 18 e 20 graus, nunca acima disso. Se estiver  muito quente e não houver ar condicionado em sua casa, coloque o tinto no balde de gelo, sem medo de estar cometendo uma gafe. Só não deixe esfriar demais. A temperatura mais baixa altera as características do vinho, principalmente por evidenciar o tanino (substância que dá a sensação de "travo" na língua). Por isso use um balde com poucas pedras de gelo, para deixar a água fresca mas não gelada, e deixe a garrafa alí por 15 minutos.

O copo deve, ser transparente
incolor (para se ver a cor do vinho) ( e com pé (para que o calor da mão não aqueça o líquido). Os brancos são servidos nas taças menores, para permanecerem gelados. E os espumantes pedem taças tipo flúte - seu formato estreito e comprido "segura" as borbulhas por mais tempo.

Vinho tem personalidade marcante 
e poucas bebidas podem ser servidas junto com ele. Prefira as que são feitas a partir de uvas como jeres e conhaque. A cerveja deixa um amargor na boca, imcompatível com a delicadeza do vinho, e o uísque anestesia as papilas gustativas prejudicando a degustação.
Cada prato pede um vinho,
mas isso é uma norma que pode ser quebrada quando você quiser. combinar pratos de peixe com vinho branco e carnes vermelha com tintos encorpados é um bom guia para quem está começando, mas há excessões. O bacalhau, por exemplo, vai bem com um tinto, enquanto uma carne delicada como a vitela combina bem com um branco encorpado.
Nossas sugestões para a ceia 
deste ano, que você verá logo nos próximos posts, pedem uma seleção cinco estrelas; na entrada, as levíssimas mousses podem ser acompanhadas por champagne ou outro espumante brut (seco). Para o peru e outros assados, várias opções de tintos; os italianos Valpolicella e Chianti, os franceses da Bourgogne, os espanhóis de Rioja e os portugueses Dão, Periquita e Esporão. Estes vinhos também acompanham o bacalhau. Para os outros peixes e frutos do mar, um branco com personalidade, como o Chardonnay (pode ser chileno, italiano, norte-americano). Para brindar as sobremesas, vinhos Moscatel, Muscat de Baunnes de Venise ou champagne demi-sec. Timtim!

Fonte: Revista Criativa

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