10 anos

6 coisas que mudam nos relacionamentos depois de 10 anos

domingo, março 22, 2015

6 coisas que mudam nos relacionamentos depois de 10 anos

No começo, até debaixo d’água o amor era mais gostoso. Mas de repente... Mais de 25 anos depois de a Blitz gravar o hit Você Não Soube Me Amar, a queixa de que o romance muda – para pior – continua. Na vida real, porém, as transformações não surgem da noite para o dia.

Quais as mudanças mais freqüentes após dez anos de vida a dois? O que pode ser feito para evitá-las? Buscamos as respostas numa pesquisa online com mil mulheres que há pelo menos uma década experimentam os altos e baixos ao lado do mesmo homem. Você talvez diga que o coração dispara cada vez que ouve a voz do Fofucho – Mô, Neném, tanto faz o apelidinho constrangedor que você dá a ele – e que os problemas revelados não se aplicam no seu caso. Pode até ser – por enquanto. “No começo do namoro, o casal está empolgado com a novidade”, diz o psicólogo Roberto Banaco, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Com o tempo, acaba a surpresa.” De olho na longevidade do seu relacionamento, Women’s Health colheu truques para você nunca transformar seu príncipe encantando num sapo.

1. ACABOU O PAPO NA CAMA

O que diz a pesquisa
Durante seus primeiros anos juntos, 68% dos casais conversam e se tocam depois do sexo. Depois de cinco anos, cerca de metade ainda cultiva o hábito. Mas, depois da marca dos dez anos, apenas um terço faz algo além de virar para o lado e dormir.

Por que isso acontece?
No início, temos necessidade de abraçar e de sentir o corpo do outro depois do sexo. “Isso acontece porque não conhecemos direito o parceiro”, diz o psicanalista Scott H altzman, co-autor do livro The Secrets of Happily Married Women (Os segredos das mulheres casadas felizes), ainda inédito no Brasil. Mais: é depois do sexo que você se sente mais próxima do seu parceiro e encontra as condições para se confessar. Só que, conforme os casais se conhecem melhor, deixam de se preocupar com o outro para se voltar a si mesmos. Com mil compromissos, acaba a vontade de passar a noite conversando. Além disso, segundo Banaco, há uma diferença comportamental: “O homem acha que a companhia física é suficiente, enquanto a mulher sente necessidade de falar”. Moral da história: nos primórdios do namoro, quando ele batia altos papos na cama, só estava se esforçando para agradar.

Estratégia pró-amor
Antes que ele durma, saque da cartola perguntas que você fazia no começo do namoro, como “Você alguma vez já...?” (A gente aposta que as respostas mudaram.) “Ele voltará a ser fascinante para você”, diz a terapeuta Bethany Marshall, autora do livro Deal Breakers: When to Work On a Relationship and When to Walk Away (Quando batalhar por uma relação e quando cair fora), sem tradução para o português.

2. FALTA DE CRIATIVIDADE NO SEXO

O que diz a pesquisa
Até o primeiro aniversário de namoro, 25% das entrevistadas testam novas posições algumas vezes em um mês. Esse número despenca para 15% depois de cinco anos. Depois dos dez anos, apenas 11% experimentam novidades.

Por que isso acontece?
No início, os casais se contorcem na cama para descobrir o que enlouquece o parceiro. “Conforme o tempo passa, um já sabe do que o outro gosta e a busca por novidades deixa de ser prioritária”, diz Haltzman.

Estratégia pró-amor
Mesmo quem não tem problema nessa área precisa buscar novos caminhos. “Caso contrário, você liga o piloto automático e a paixão se apaga”, diz Haltzman. Ordens do doutor: invente idéias para o ano todo. Pense em como gostaria de expandir o repertório e programe-se para testar as novidades uma vez por mês. De transa na escada de incêndio a uma maratona sexual, vale tudo para se sentir excitada – mas não ansiosa.

3. CONTAS CONJUNTAS

O que diz a pesquisa
Do primeiro ao terceiro ano de relacionamento, 75% das mulheres mantêm conta bancária separada da de seu companheiro. Entre o quinto e o oitavo ano, 25% têm três contas (a dele, a dela e a conjunta). Depois dos dez anos, 64% contam apenas com uma conta conjunta.

Por que isso acontece?
Dayana Yochim, autora do livro Couples and Cash: How do Handle Money with Your Honey (Casais e dinheiro: como conciliar suas finanças e seu amor), inédito no Brasil, atribui razões biológicas. “Os homens se voltam para novas oportunidades. Já as mulheres preferem segurança financeira”, diz. Como os desejos são diferentes – você quer aplicar em fundos conservadores e ele, apostar em bolsas estrangeiras –, deixe o dinheiro separado. Mas, como vocês têm contas em comum (escola das crianças, financiamento do imóvel, supermercado...), é conveniente manter uma conta conjunta.

Estratégia pró-amor
“Mesmo que sua relação esteja indo bem, mantenha sua própria conta corrente”, afirma Candace Bahr, co-fundadora do Women’s I nstitute for Financial E ducation. Juntos, vocês continuarão tomando decisões financeiras de longo prazo. Ao mesmo tempo, você não deixará de ser senhora do seu cartão de crédito. Quanto cada um deposita na conta conjunta? Dayana sugere que a contribuição seja proporcional ao salário.

4. O CÍRCULO SOCIAL ENCOLHEU

O que diz a pesquisa
Nos primeiros dez anos juntos, cerca de metade dos casais passa o tempo livre com amigos que têm gostos e condições financeiras equivalentes aos seus.

Por que isso acontece?
Não é por arrogância. Simplesmente, os semelhantes se atraem, diz o consultor financeiro Jan Dahlin Geiger, autor do livro Get Your Assets in Gear! Smart Money Strategies (Tenha controle sobre seus investimentos! Estratégias inteligentes para seu dinheiro), sem tradução para o português. Pessoas de nível social equivalente circulam nos mesmos restaurantes, clubes, academias e praias. Por isso, naturalmente se encontram com frequência. As amizades acontecem (e se mantêm) com mais facilidade.

Estratégia pró-amor
Planeje atividades que não dependam de dinheiro, como uma volta de bicicleta ou um chope. Geiger recomenda que você pare de dispensar convites para programas onde circule gente que você considera extravagantes ou simplórias demais. “Passar mais tempo com pessoas de diferentes áreas e situações econômicas ajuda a expandir ideias e experiências”, diz.

5. FALTA DE TEMPO PARA VOCÊ MESMA

O que diz a pesquisa
Conforme os laços de vocês aumentam, você vai querer ter mais tempo sozinha: 10% das mulheres gostam de ficar sós no primeiro ano. Dez anos depois, esse número sobe para 23%.

Por que isso acontece?
“As mulheres tendem a dedicar o tempo às crianças, ao marido e ao trabalho, especialmente nos primeiros anos da relação”, diz Nancy O’Reilly, da Associação Americana de Psicologia. “Depois de cinco anos, elas sentem que merecem mais tempo para si.” Isso não significa crise conjugal. “Uma vez que vocês mapearam seus interesses mútuos, é hora de se reconectar com suas próprias paixões”, diz Laurie B. Mintz, professora de psicologia na Universidade de Columbia. “Caso contrário, você pode perder sua essência.”

Estratégia pró-amor
Dê espaço aos seus desejos de aventura solo e diga para ele fazer o mesmo (não achou que seria a única a botar as manguinhas de fora, né?). “É importante para refrescar o relacionamento”, diz Nancy. Uma vida 100% em comum esgota as possibilidades de você se surpreender com ele.

6. ELE NUNCA LAVA A LOUÇA

O que diz a pesquisa
Do primeiro ao décimo ano de relacionamento, 75% das mulheres afirmam que os homens não dividem as tarefas domésticas da maneira como deveriam.

Por que isso acontece?
De acordo com Michelle Janning, professora de sociologia da Faculdade Whitman, em Washington, as mulheres são educadas para se encarregar de todas as tarefas domésticas. Além disso, elas têm critérios mais rigorosos no que diz respeito à limpeza da casa e ao cuidado com as crianças. “Nossas expectativas sobre o que é suficientemente bom são diferentes das deles.”

Estratégia pró-amor
Estabeleça os papéis. “Uma mulher que centralize todos os afazeres vai puxar as responsabilidades apenas para si”, diz Michelle. Em vez disso, faça uma lista de tarefas e distribua as atividades. Enquanto ele faz supermercado, você leva o Totó para dar uma volta no quarteirão. Tudo bem se ele comprar leite integral em vez de desnatado. Admita que ele não precisa fazer tudo igualzinho a você.

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