Como emagrecer sem ilusões
O sonho de toda gordinha é a descoberta de uma pílula milagrosa que faça seus quilos extras desaparecerem da noite para o dia, sem dietas, exercícios, sacrifícios nem efeitos colaterais. Isso não existe.
O que há são medicamentos que podem ser usados como coadjuvantes nos programas de perda de peso. O endocrinologista Marcelo Bronstein explica que é preciso analisar cada caso para decidir-se pelo uso ou não do remédio e que um acompanhamento rigoroso é fundamental para avaliar e controlar os efeitos colaterais das drogas.
Os remédios de regime podem ser divididos em três grupos; os que controlam a sensação de fome ou de saciedade, os que atuam na absorção alimentar e os que promovem maior queima calórica.
No primeiro grupo estão os moderadores de apetite anfetamínicos que inibem a fome. Como efeitos colaterais, podem apresentar aumento da frequência cardíaca, nervosismo, pressão alta, sensação de boca seca e, mais raramente, redução da libido.
Sem acompanhamento, podem causar dependência. A nova geração de moderadores atua reduzindo o limiar de saciedade. São os serotoninérgicos (serotonina é um neurotransmissor que leva ao cérebro a "mensagem" de que o corpo já está saciado).
Comercializado nos EUA com o nome de Redux, o medicamento à base de Dfenfluramina já é vendido há alguns anos no Brasil com os nomes comerciais de Isomeride, Fluril ou Delgar. Estes medicamentos tendem a tranquilizar o paciente e devem ser usados com muita cautela em pessoas depressivas.
Apresentam melhor tolerabilidade, mas podem causar sonolência excessiva, pressão baixa, um pouco de diarréia, e secura na boca. Um efeito bem raro mas possível é causar hipertensão pulmonar.
O medicamento que atua na absorção dos alimentos ainda não é comercializado no Brasil, mas deve chegar em breve com o nome de Xenical. Faz com que a gordura ingerida saia "direto" do organismo através das fezes e pode causar diarréias mais ou menos fortes, dependendo da quantidade de alimentos ingerida.
A princípio pode levar à diminuição de vitaminas lipossolúveis. O problema é que o uso puro e simples do medicamento não permite a reeducação alimentar, e uma vez interrompido o tratamento, a pessoa continua comendo tanto quanto antes e volta a engordar.
Para aumentar a queima calórica pode ser utilizada uma substãncia chamada Efedrina, mas seu uso envolve mais riscos por causa dos efeitos colaterais importantes no coração, pressão e sistema nervoso central.
Fonte: Revista Criativa
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