O combate aos radicais livres é a arma dos médicos ortomoleculares para evitar doenças.
Você deseja cuidar melhor do seu corpo, demorar mais para envelhecer, manter sua pele sempre sedosa e macia? Pois faça como um grande número de mulheres dispostas a tudo para se manter em forma : tente a medicina ortomolecular. De quebra, você ainda pode prevenir o aparecimento de cãnceres e outras doenças degenerativas como a arteriosclerose.
"Ortomolecular" é com certeza , um nome estranho, mas que vai acabar fazendo parte de sua vida. Mais do que um modismo, é uma tendência, acentuada pelas agressões que a vida moderna e nosso planeta cada vez mais poluído impõem ao nosso organismo.
Portanto, vá se acostumando com a terminologia (e com uma série de denominações que a acompanham, como "radicais livres" e stress oxidativo"), pois mais cedo ou mais tarde você poderá estar fazendo parte do grupo de mulheres que se valem deste tipo de tratamento e que discutem o assunto com a desenvoltura de um catedrático.
A medicina ortomolecular, na verdade , tem uma função mais preventiva que curativa. Em outras palavras, ela serve para evitar que certas doenças apareçam ou que seu corpo envelheça mais depressa. Na opinião de alguns especialistas, como o cirurgião vascular Wilson Rondó Jr. , autor do livro Prevenção : a medicina do século XXI ( Ed. Tecnopress ), ela é a terapêutica do futuro.
Os radicais livres
Apesar de todo oba-oba em torno da ortomolecular (ou biomolecular, como querem alguns, por considerar o termo mais completo), seus conceitos são muito simples. A idéia-mestra deste tipo de terapêutica está apoiada na ação agressiva que os radicais livres exercem sobre nosso organismo.
E aí vem a parte "difícil" da ortomolecular. Para entender como ela funciona, você precisa compreender algumas premissas básicas, mas fundamentais, acerca dos radicais livres, produtos tóxicos produzidos em seu corpo e eliminados naturalmente.
Mas de onde os radicais livres se originam? De todo oxigênio que você consome, 95% serão utilizados para gerar energia vital. Os 5% restantes vão se transformar em radicais livres, como o superóxido, o peróxido de hidrogênio e o radical hidroxila. Além do oxigênio, outras substâncias produzem grandes quantidades de radicais livres; alimentos com agrotóxico, aditivos químicos, cigarro, álcool, drogas.
Soltos no corpo, eles submetem as células a um processo conhecido como oxidação, que pode causar desde ligeiras lesões nos tecidos até a morte das células. Entre estes extremos, surgem problemas que variam de doenças degenerativas, como a arteriosclerose e alterações da imunidade, passando pelo envelhecimento precoce e o câncer.
Ferrugem do corpo
Para entender melhor o que é oxidação, pense no que acontece com um tablete de manteiga ou com um pedaço de maçã que ficam expostos ao ar livre (e, portanto, ao oxigênio). A primeira fica rançosa e a fruta começa a escurecer, a ficar amarronzada. É como um pedaço de ferro que está enferrujado: em todos esses casos, houve oxidação, que pode ser entendida simplesmente como um processo de envelhecimento e desgaste. Quem fez isso? Os radicais livres do oxigênio.
Imaginando que processo semelhante possa ocorrer dentro do seu corpo, é lógico que, se você não tivesse defesas próprias contra esses elementos, em pouco tempo estaria morta. A tendência do seu organismo, portanto, é produzir substâncias que combatam o processo de oxidação, conhecido como antioxidantes.
Em geral, são substâncias químicas enzimas, zinco, manganês, vitaminas (C, E, betacarotenos) e selênio, que você obtém através de uma dieta bem equilibrada e que , ao se unirem aos radicais livres, fazem com que percam seu poder de oxidação das células.
Stress celular
Mas nem sempre as coisas são tão bonitinhas assim. Pode ser que, por um motivo qualquer (muito cigarro, alimentação inadequada, exposição excessiva à poluição), ocorra um desequilíbrio entre a quantidade de enzimas e micronutrientes que você obtém e o índice de radicais livres que seu corpo produz. Esse "balanço negativo" recebe o nome de stress oxidativo. Quanto maior ele for, maior a lesão dos tecidos, levando ao envelhecimento precoce e às doenças degenerativas.
Exame do cabelo revela o teor de minerais do seu corpo
A medicina ortomolecular procura restabelecer o equilíbrio ideal entre os antioxidantes (enzimas, vitaminas e metais nutrientes) e os radicais livres que você produz. Para isso, os médicos lançam mão de remédios e uma orientação dietética correta, a fim de que sua alimentação seja o mais completa e rica possível em micronutrientes.
Como saber se você está sofrendo de stress oxidativo? Em primeiro lugar existem alguns sintomas que são sugestivos: cansaço excessivo, gripes recorrentes, esquecimento, tensão emocional, dores de cabeça, queda de cabelos. Quando eles aparecem em conjunto, funcionam como uma espécie de "pista" para o médico.
Para confirmar o desequlíbrio, são feitos exames, como a análise periférica do sangue, que é feita colhendo-se uma gota do dedo e observando-a no microscópio.
Através dos resultados, pode-se ter uma idéia a respeito da presença ou não de doenças, da sua resposta a tratamentos, se há deficiência de vitaminas e outros nutrientes, enfim, o exame acaba servindo para monitorar os processos oxidativos que ocorrem em seu corpo e serve como uma forma de identificação rápida dos danos causados pelos radicais livres ao seu organismo.
Exame do cabelo
O cabelo é um indicador da contaminação do corpo humano por metais pesados, cuja causa principal é a poluição do meio ambiente. Metais como chumbo e alumínio, se ligam às enzimas das células e impedem a entrada dos "bons" minerais, como zinco, magnésio e manganês, alterando o funcionamento celular e gerando doenças.
O exame do cabelo (ou mineralograma) é realizado desde 1977 e é bastante fácil. Uma pequena quantidade de fios retirada dos fios é suficiente para a análise. É feita a dosagem de dois grandes grupos minerais. O primeiro é o dos tóxicos, como arsênico, antimônio, chumbo e prata. O segundo grupo é o dos que são considerados nutrientes, como cálcio, cobre, iodo e ferro.
A partir dos dados colhidos, basta retirar os elementos tóxicos em excesso e trocá-los pelos nutrientes que estão em falta, seja através do balanceamento da dieta, seja pela reposição com produtos sintetizados em labolatório, como os complexos de vitamina C, E, beta-carotenos e aminoácidos.
Automedicação
Quer dizer que, feito isso, é só ir na farmácia e comprar o complexo vitamínico importado de última geração? É lógico que não. Você não pode esquecer que vitaminas e nutrientes, quando em excesso, têm efeitos colaterais graves, chegando à intoxicação. O correto é seguir as instruções do médico e só fazer uso daqueles elementos que você realmente necessita para melhorar sua saúde.
Segundo os médicos ortomoleculares, o resultado de um tratamento bem feito compensa. A primeira coisa que você vai notar é uma melhora acentuada da textura de sua pele, da cor do seu rosto. Você sentirá uma sensação de energia e bem estar , e a curto prazo, um implemento da qualidade de seu sono.
A longo prazo, os efeitos são mais poderosos; diminui as chances de você contrair algum tipo de câncer e doenças degenerativas, como arteriosclerose e osteoporose. Por conseguinte , as chances de sofrer um derrame ou um infarto cardíaco também serão menores. Lembre-se de que o colesterol só consegue se depositar nas artérias, formando placas que obstruem a passagem do sangue quando está oxidado.
Existem efeitos adicionais. A qualidade do seu cabelo melhora sensívelmente. O funcionamento hormonal e a sua vida sexual também são beneficiados. Em consequência disso, se você estiver na menopausa, os sintomas também poderão ser mais amenos.
Para a medicina ortomolecular não se pode falar em rejuvenescimento da maneira como nós costumamos entender a palavra, mas é evidente que sua aparência externa será favorecida em consequência das melhorias internas em seu organismo.
E, finalmente, junto com todos estes benefícios você previne o envelhecimento precoce. Aliás prevenção, como deu para perceber é a palavra chave da medicina ortomolecular. Seu objetivo básico não é curar as doenças, mas evitar que elas apareçam, fazendo com que você viva mais e melhor.
Fonte: Revista Criativa.
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